segunda-feira, 30 de março de 2015

MEMÓRIA CULTURAL - A MEDIDA DO PRATO

Caixas de medida - foto: Internet
Antigamente ninguém conhecia outro tipo de medida, a não ser por meio do prato. Na verdade era os produtos a serem vendido a granel como arroz, feijão, farinha, açúcar, sal, café, quando o freguês solicitava era assim: __Me dá um prato de tal coisa?
E logo chegava através de uma peça de madeira de dimensões semelhante a um paralelepípedo, depois virou uma lata de banha, redonda; e enchia no saco da mercadoria solicitada; alguns feirantes gostavam de passar a mão  para ficar certinha, mas há quem diga que isso era  o comerciante pão duro, pois havia aqueles que  não tinha dó de deixar cair pelas bordas e despejar no embornal ou alforje do freguês.
Dizem o povo mais velho, que um vereador de Araçuaí foi a Teófilo Otoni viajando de Bahia Minas e quando retornou entusiasmado com a d que vira por lá, simplesmente porque na feira de lá a venda era por quilo. Encantado com aquilo, não tardou muito  lançou na câmara um projeto de lei, sendo imediatamente aprovada e sancionada pelo prefeito da época. No sábado que começou a vigorar a lei foi um alvoroço na feira, rendeu muita fofoca, descontentamento, mas ao mesmo tempo o vereador foi considerado um inovador, mas nunca mais conseguiu se eleger novamente. Fato que  apesar  da inovação da lei, anos depois  reapareceu a forma do prato, e até hoje ainda persiste, não com a mesma proporção.
Importante isso é perceber que uma atitude como esta interrompe o ritmo de uma cidade, apesar de bem intencionados, porém interrompeu o modo de ser e vender de um povo com a idéia do pensamento de ganhos e perdas.

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segunda-feira, 23 de março de 2015

MEMÓRIA CULTURAL - O CIRCO CHEGOU!


                 
Danilo Alves- Artista Circense da Cidade de Pedra Azul/MG
 
Nesta semana dedicada ao circo e as artes cênicas, lembrar deste que foi e continua sendo uma expressão artística de muita importância nas cidades do Vale do Jequitinhonha.
Primeiramente estas companhias circenses são desbravadores por levar seus espetáculos a todos os rincões, pois em muitas cidades jamais haverá uma companhia de grande porte  que irá  apresentar-se, mas para o circo, não importa  vida social, nem economia local, ele quer entrar, baixar sua lona e produzir encantamentos, depois seguir, pedindo passagem para outro lugar; em geral  cada circo  é formado por núcleos familiares, isso faz com que  ocorra de forma mais sólida  a perpetuação da arte, juntos passam fome, frio e toda sorte  e privação de desconforto, mas  resistem e buscam juntos a harmonia e são embalados pelo sonho de liberdade e assim produzem sonhos e magias.
O Circo e as demais linguagens artísticas possibilitam o aprimoramento humano e a sensibilização pelo bem e pelo belo.
Lindolfo Ernesto da paixão, em seu livro “Araçuaí ano de 1945”, no capítulo XII descreve a sua memória de menino pobre, mas de uma infância bem vivida, para ele o circo era uma festa, havia, pois como todos saírem felizes de uma “performance”, confirma então  que todos iam ao circo: do mais menino, ao mais velho. Do mais sem dinheiro, ao mais com dinheiro. Da mulher mais direita, a mais às avessas...

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segunda-feira, 9 de março de 2015

MEMÓRIA CULTURAL - Presença Franciscana


Tau - Cru de Franciscana

                  A presença franciscana  no Brasil  está marcada a partir de 1899 ligada a Província dos Santos Mártires Gorcumienses,  na Holanda,  criando a Província de Santa cruz que se estabelece a partir de 1900, através do Frei Rogério Burgers no Rio de janeiro, daí inicia-se  a instalação  de residências  de frades  em outros estados, inclusive Minas Gerais em 1903.
                 Nomes como frei Samuel, Frei Júlio Berten, Frei sabino   , Padre José da Costa Faria, frei Gonzaga  Gouverneur,  Frei Elizeu , Frei Francisco der Poel Dom Dario e tantos outros, são  lembrados  em suas passagens pelo vale do Jequitinhonha.
                Independentemente da ordem religiosa que os representam  parte da história impregnada no imaginário de vivência de um povo, uns em seus conceitos mais rígidos outros pelo respeito e despojamento de ser e reconhecer-se cristão.

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segunda-feira, 2 de março de 2015

MEMÓRIA CULTURAL - EXPEDICIONÁRIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA

Imagem internet
     A segunda guerra mundial, deixou  marcas em famílias no Vale do Jequitinhonha, que tiveram seus jovens convocados para o combate; recordações como o combate  em Monte Castelo, na Itália, são fatos  que ilustram a região, no cenário internacional.
          Naquele momento da guerra era motivo de orgulho ter um filho servindo e devotando seu amor à pátria, por outro lado a tristeza de muitos que não tiveram a sorte de retornar para seus lares, ainda que mutilados ou com perturbações mentais, choram até hoje a falta de não enterrar seu ente querido.
           Sentir orgulho dos combatentes e sobreviventes, mas nunca esquecer do horror que uma guerra mundial causa na humanidade, são danos e sequelas irreparáveis.

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O sonho do Instituto Federal Quilombola

    Arte: Jashad Macbee Depois de meses de lutas, expectativas, articulações e medos, no coração da renovação educativa e cultural do Br...